quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Dezembro é o mês do Natal

Logo que este mês se inicia, pensamos no Natal. É um tempo em que há um esforço maior de solidariedade, paz, harmonia, celebrando o nascimento de Jesus. 
Com o Natal vêm as tradições desta época, os preparativos para a Festa da Família. 
O Bolo-Rei é uma presença indispensável nas casas portuguesas e uma das tradições mais antigas.
O sabor, as cores das frutas cristalizadas, até a fava que ninguém quer encontrar na sua fatia (e os brindes, quem se lembra?) fazem deste doce o rei da Festa.

LENDA DO BOLO-REI

O Bolo-Rei é o bolo tradicional natalício português por excelência. A sua origem tem várias raízes. A ideia de um bolo misturado com fruta cristalizada terá surgido na corte do rei Luís XIV, em França, que com os tempos foi-se espalhando pelo resto da Europa. 
Chegada a Portugal a receita foi adaptada, adquiriu a forma de coroa com que é vendido atualmente e passou a ser associado à época natalícia. A introdução da fava vem no tempo dos Romanos, em que era costume durante as festividades eleger-se o “rei da festa” colocando-se uma fava num bolo. 
Já a introdução do brinde como recompensa (ficando o perdedor com a fava) é uma criação portuguesa, embora este costume tenha, há uns anos, passado a ser proibido por apresentar risco de sufoco, sobretudo para as crianças. 
Apesar do nome “Bolo-Rei” não vir, como erroneamente se pensa, do dia de Reis – a nomenclatura “Rei” é apenas uma indicação da riqueza de ingredientes com que é feito, tornando-o no bolo “maior” das festividades – isso não impediu a tradição oral de o associar aos Reis Magos, havendo inclusive uma lenda portuguesa que lhes atribui a origem do bolo e lhe dá simbologia. 
É esta a história:
“Conta a lenda que num país distante viviam três homens sábios que analisavam e estudavam as estrelas e o céu. Estes homens sábios chamavam-se Gaspar, Melchior e Baltazar, a que a tradição deu a nomeação de “três Reis Magos”. Numa noite, ao analisarem o céu, viram uma nova estrela, muito mais brilhante que as restantes, que se movia pelo céu, e interpretaram-na como um aviso de que o filho de Deus nascera. Resolvidos a segui-la, levaram consigo três presentes: incenso; ouro e mirra, para poder presentear o Messias recém-nascido. 
Chegados à cidade de Belém, já perto da gruta onde estava o menino Jesus, os Reis Magos depararam-se com um dilema: Qual deles teria o privilégio de oferecer primeiro o seu presente? Esta pergunta gerou a discussão entre os três.
Um artesão que por ali passava ouviu a conversa e propôs uma solução para o problema de maneira a ficarem todos satisfeitos. Pediu à sua mulher que fizesse um bolo e que na massa colocasse uma fava.
Mas a mulher não se limitou a fazer um simples bolo e arranjou forma de ali representar os presentes que os três homens levavam. Desta forma fez um bolo cuja côdea dourada simbolizava o ouro, as frutas cristalizadas simbolizavam a mirra e o açúcar de polvilhar simbolizava o incenso.
Depois de cozido o bolo foi repartido em três partes e aquele a quem saiu a fava foi efetivamente o primeiro a oferecer os presentes ao menino Jesus.”




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